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Graphic MSP: a Turma da Mônica como você nunca viu

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Quem nunca leu um gibi da Turma da Mônica, não é mesmo? Só de pensar me dá saudade de passar as tardes de férias acompanhando os planos infalíveis do Cebolinha (que sempre falhavam), as coelhadas da Mônica que sobravam para todos os lados, o Cascão correndo para casa se ameaçava chover e a Magali, é claro, sempre em busca da próxima melancia. 

Além dos quatro personagens principais, me lembro com carinho dos inúmeros outros que complementavam toda a magia do universo criado por Maurício de Sousa que, quando a gente analisa hoje, é claro que tinha seus defeitos — mas fico satisfeita em ver como a empresa busca se reinventar sempre, trazendo novos personagens e novas pautas para inserir mais representatividade nas histórias. Outra novidade dos últimos anos são as Graphic MSP.

Enquanto os gibis estão sempre acessíveis na banquinha de jornal mais próxima de você, o selo Graphic MSP (o termo vem de Graphic Novel, nome em inglês para as histórias em quadrinhos, e MSP é a sigla da Maurício de Sousa Produções) traz projetos mais artísticos e elaborados, com histórias dos personagens que nós já conhecemos desenvolvidas por diferentes artistas brasileiros. Lançado em 2012, o projeto já trouxe mais de 20 títulos e um é mais lindo que o outro. 

Siga na leitura para conferir algumas sugestões!

1. Turma da Mônica — Laços

Segunda graphic MSP a ter sido lançada, foi a Turma da Mônica – Laços que chamou a atenção dos leitores para o projeto, justamente por trazer uma história com a turminha principal. A primeira edição havia tido como protagonista o Astronauta, um personagem não tão conhecido.

Em Laços a turminha precisa se unir e seguir um plano infalível do Cebolinha que, dessa vez, não tem o objetivo de atazanar a Mônica e sim de encontrar seu cachorro, o Floquinho, que desapareceu. Eles vivem, então, uma aventura cheia de perigos, mas, também, muitas lembranças. Para os fãs, é emoção e nostalgia do começo ao fim.

A autoria da história e das ilustrações é dos irmãos Vitor e Lu Cafaggi e a obra fez tanto sucesso que se transformou em filme.

2. Turma da Mônica — Lições

Dois anos depois do lançamento e do sucesso de Laços, os irmãos Cafaggi voltaram a responder por mais uma edição que continuou a história. Em Turma da Mônica — Lições os personagens também terão que se unir para encarar as consequências de um erro grave que cometeram na escola. Na história, eles aprendem juntos a lidar com seus equívocos e reforçam a importância da amizade.

3. Chico Bento — Verdade

Eu não sei vocês, mas eu sempre amei o Chico Bento e sempre ficava feliz quando, no meio do gibi, me deparava com uma de suas historinhas. Pois as graphic MSP do Chico também fazem um enorme sucesso entre os fãs, e escolhi uma delas para trazer para a lista. 

Em Chico Bento — Verdade a família dele recebe a visita de um homem vindo da cidade. Só que ele é bastante amargurado e o Chico vai acabar vivendo uma aventura ao seu lado, mostrando que a vida é muito mais do que os problemas. 

A autoria da história e das ilustrações é de Orlandeli.

4. Cebolinha — Recuperação

Além das histórias envolvendo a turminha toda, os personagens principais têm suas próprias edições e, na sua, Cebolinha ficou de recuperação na escola por ter deixado os estudos de lado. O roteiro e as ilustrações são de Gustavo Borges, que nos entrega uma historinha cheia de aventuras, emoções e, é claro, planos infalíveis — só pela capa já dá para notar!

5. Mônica — Tesouros

Se você é um conhecedor da turma da Mônica e te perguntassem qual é o maior tesouro da Mônica, o que você responderia? Eu gritaria “Sansão” sem pensar duas vezes e, nessa história, em que a dentuça mais amada do Brasil viaja com seus pais para um hotel fazenda, o coelhinho de pelúcia acaba sofrendo um acidente. Mônica então vive uma jornada de aventuras e descobertas sobre a vida e seus tesouros mais importantes.

Nessa edição, a autoria da história e das ilustrações ficaram por conta da quadrinista brasileira Bianca Pinheiro. 

6. Cascão — Temporal

Nessa história, os pais do Cascão resolveram fazer uma viagem que seria o seu maior pesadelo: um cruzeiro. É claro que ele não quis ir e, por isso, precisou passar alguns dias na casa de seu tio Gerson — alguém que ele acha bem esquisito. Acontece que nem mesmo evitando o cruzeiro o Cascão se livrou da água, já que a previsão do momento é de muita, muita chuva.

Nessa história, com roteiro e ilustrações de Camilo Solano, acompanhamos o personagem em dias de muita aventura, imaginação e aprendizados.

7. Jeremias — Pele

Existem assuntos que não podem mais ser jogados debaixo do tapete, nem mesmo com as crianças. O racismo é um deles, e em Jeremias — Pele, que tem roteiro de Rafael Calça e ilustrações de Jefferson Costa, acompanhamos o personagem título sentir pela primeira vez o preconceito racial e se descobrir enquanto menino negro. 

A história, cheia de dor e aprendizado, é tão importante que ganhou o prêmio Jabuti em 2019 na categoria Melhor HQ. 

8. Penadinho — Vida

Quando eu disse que os mais diversos personagens do universo de Maurício de Sousa ganharam seus espaços no selo Graphic MSP eu não estava mentindo. Quem aí gostava das histórias do Penadinho e sua turma do cemitério? 

Pois ele ganhou sua própria HQ que mostra um grande dilema da vida após a morte: chegou a hora de Alminha reencarnar e, além dele nunca ter conseguido se declarar para ela, ela desapareceu e ele precisará viver uma aventura para reencontrá-la antes do amanhecer.

A história, com roteiro e ilustrações de Paulo Crumbim e Cristina Eiko, é tão divertida quanto emocionante e não pode faltar na estante dos apaixonados!

9. Tina — Respeito

A Tina era outra personagem que eu amava! O núcleo adolescente da turma da Mônica não despertava muito meu interesse quando eu lia as histórias aos 7, mas à medida que fui crescendo na companhia dos gibis, os personagens desse núcleo foram chamando cada vez mais minha atenção. 

A história da graphic MSP de Tina é extremamente importante por falar de problemas que as mulheres enfrentam no seu dia a dia, como desrespeito, assédio e desigualdade de gênero. Aqui, o roteiro e as ilustrações ficaram por conta de Fefê Torquato.

10. Horácio — Mãe

Em algumas das historinhas nas quais aparecia nos gibis, Horácio já comentava sobre sua dor por ser sozinho no mundo e a vontade que tinha de conhecer a mãe. É esse seu forte desejo que é retratado em Horácio — Mãe, que tem roteiro e ilustrações de Fábio Coala e traz uma história extremamente sensível e cheia de aventuras e descobertas.

11. Louco — Fuga

Confesso: eu me irritava um pouco com as historinhas do Louco, que sempre pareciam gigantes e nas quais ele atormentava a paciência do Cebolinha. 

Criei um carinho maior por ele quando comecei a frequentar o finado Parque da Mônica em São Paulo e achava a casa do Louco um brinquedo muito simpático: tinha pizzas no teto, telefones de ponta cabeça e um escorregador que levava de um andar para outro e era bem mais legal que descer as escadas.

A HQ do Louco é um trabalho muito interessante e sensível para nos apresentar melhor esse personagem, que se chama Licurgo (alguém já havia se perguntado isso antes?). Nesta edição, a história e as ilustrações são de autoria de Rogério Coelho.

12. Astronauta — Singularidade

Na história de sua HQ, o personagem Astronauta está em uma missão científica muito perigosa: investigando um buraco negro. Jornadas pelo espaço podem ser muito solitárias e me lembro, inclusive, de passagens do personagem nos gibis que falavam muito sobre sua solidão — mas nessa edição ele está acompanhado. O que será que o espera?

A história e as ilustrações dessa graphic MSP ficaram a cargo de Danilo Beyruth, que já havia sido o responsável também pela outra HQ do personagem, que foi a primeira a ser lançada, inclusive, a Astronauta — Magnetar.

13. Papa-Capim — Noite Branca

Nessa graphic MSP acompanhamos o personagem Papa-Capim, que nas historinhas do gibi ainda era uma criança mas, nessa releitura proposta por Marcela Godoy e com ilustrações de Renato Guedes, se tornou um jovem índio que precisa salvar sua aldeia de uma ameaça sobrenatural.

Antes disso, no entanto, ele precisa alçar o posto de defensor, convencendo o pajé de que tem capacidade para tal tarefa, tão importante.

14. Bidu — Caminhos

A Mônica tinha seu próprio cachorrinho, o Cebolinha também, Magali tinha um gato e o Cascão, um porquinho — mas nenhum destes animaizinhos se tornou um símbolo tão grande dentro do universo do Maurício de Sousa quanto o Bidu, que tinha suas próprias histórias que muitas vezes sequer envolviam seu dono, o Franjinha. 

Ele também ganhou sua própria graphic MSP que, diga-se de passagem, é a coisa mais linda. Em Bidu — Caminhos acompanhamos a história de como dono e cachorro se encontraram pela primeira vez e construíram essa bela relação: uma trama cheia de percalços e muita, muita ternura. Aqui, roteiro e ilustrações ficaram por conta de Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho.

15. Piteco — Ingá

Fala sério: você começou a ler este texto sem se lembrar que eram TANTOS os personagens que apareciam nas histórias do Maurício de Sousa. A gente comprava um simples gibi da Magali e se deparava, até, com tramas da idade da pedra! 

Em Piteco — Ingá acompanhamos um momento em que as pessoas de sua aldeia precisaram migrar da região que habitavam por conta da secura do rio. Antes disso, no entanto, o personagem principal precisa resgatar Thuga, que foi sequestrada por uma tribo rival. O roteiro e as ilustrações são do quadrinista e artista plástico Shiko, repletos de ação e aventura.

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Imagem de capa | Reprodução: Maurício de Sousa Produções

Atualizado em 2024-11-21 / Links afiliados (Affiliate links) / Imagens de Amazon Product Advertising API

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