Se você aprecia um bom gin e quer conhecer um pouco mais sobre a revolução brasileira a respeito de um dos destilados mais antigos da história, te convido a acompanhar este texto até o final para conferir alguns dos melhores gins nacionais da atualidade. Aceita?
Assim como novos rótulos de cerveja têm surgido no Brasil a partir da empolgação dos entusiastas dessa bebida, a produção de gins vem passando pelo mesmo processo. Acredite se quiser, o resultado está conseguindo caminhar lado a lado com a qualidade das opções importadas que comumente encontramos no mercado. Abaixo você confere detalhes sobre oito rótulos especiais!
1. Amázzoni
Para começar com estilo e autenticidade a lista de melhores gins nacionais, o Amázzoni é uma opção genuinamente brasileira, apesar das inspirações advindas das experiências internacionais de seus três criadores, intitulados “alquimistas”: Arturo Isola, um italiano emigrado no Brasil; Tato Giovannoni, argentino que já foi considerado uma das 50 mentes mais inspiradoras do país vizinho ao nosso; e Alexandre Mazza, um autêntico brasileiro.
Isso porque o rótulo é o primeiro gin a ter uma destilaria exclusivamente dedicada em terras brasileiras.
É justamente do nosso solo que ele aproveita cinco botânicos especiais, sendo eles o zimbro, o louro, o limão, o coentro, a mexerica e a aroeira, além de especiarias advindas diretamente da floresta amazônica, como cacau, castanha-do-pará, maxixe e cipó-cravo — o que explica e muito o nome escolhido para a bebida, não acha?
A combinação que ganha vida na destilaria situada em uma antiga fazenda de café do século XVIII, entre rios e palmeiras, no interior do estado do Rio de Janeiro, foi a única, até então, a conquistar em 2018 o prêmio londrino de Melhor Produtor Artesanal do Mundo no World Gin Awards, o Oscar da bebida!
2. Arapuru
Se tem uma coisa que não falta ao brasileiro, sem dúvidas, é o tato para criatividade. Não havia motivos para ser diferente na hora de criar novos gins! O Araparu é mais um claro exemplo disso.
A bebida surgiu em 2013 e, entre seus valores, está o respeito pela natureza, a valorização da economia local e a busca por formas de impactar positivamente a sociedade.
Além do zimbro, ele conta com especiarias encontradas nos cinco cantos do país: coentro, angélica, mexerica, limão-cravo, caju, imbiriba (espécie de canela nordestina), puxuri (espécie de noz-moscada da Amazônia), pacová (espécie de cardamomo da floresta atlântica), louro, aroeira (espécie de pimenta rosa) e hibisco.
De aroma suave e um sabor marcante e vívido, no estilo London Dry, ele é uma ótima opção para fugir do tradicional. Sem falar que, a cada dose, você realiza uma viagem única pelos muitos brasis que existem em um só.
Ah, e pelo que existe de mais contemporâneo no universo dos gins também, é claro!
3. Becosa
Um gin com uma receita tradicional europeia, mas que é a cara do Brasil? Temos! Também no estilo London Dry, tudo começou quando os alemães vieram ao Brasil e criaram o Steinhaeger Becosa, uma espécie de precursor do gin, também conhecido como Genebra. Anos depois, a receita foi atualizada e ganhou elementos nacionais, resultando no Gin Becosa.
4. Beg
Campeão em 2018 e 2019 da competição The Gin Masters: The Spirits Business, voltada para homenagear os melhores gins do mundo, o processo de maceração do Beg leva até 24 horas e é realizado a partir de botânicos de essência britânica, juntamente com especiarias brasileiras.
No lado inglês, estão o zimbro, semente de coentro e raiz de angélica. Já do lado brasileiro, o aroma e a textura aveludada dessa opção são alcançados com a junção da folha de pitangueira e sabugueiro do Brasil.
A composição conta ainda com cardamomo, canela, cascas frescas de limão Taiti, mexerica, laranja Lima e capim santo.
Com esses ingredientes, é possível encontrar no Beg as características tradicionais de um bom gin e, ao mesmo tempo, o tropicalismo que só o Brasil possui, colocando-o entre os melhores gins nacionais do momento.
5. Vitória Régia
Outra opção de gin que é 50% nacional e 50 inglês cujo nome homenageia uma das maiores plantas aquáticas nativas da região amazônica, bela, perfumada e até mesmo nas lendas indígenas, é o Vitória Régia.
Criado por um brasileiro e um britânico, o nome foi uma forma de homenagear as duas nacionalidades, isso porque a planta também foi levada por pesquisadores para ornamentar os jardins do palácio real, tornando-se conhecida apenas por Vitória em homenagem à rainha homônima do fim do século XIX.
O mais interessante desse destilado é, sem dúvidas, o fato do rótulo contar com certificação orgânica pelo Instituto Biodinâmico de Certificação (IBD), priorizando o natural, uma destilação de pequeno lote e vias sustentáveis, como o uso de energia solar e a criação de uma garrafa feita com 30% de vidro reciclado.
A opção London Dry da marca conta com zimbro, casca de limão, cardamomo, semente de coentro e pimenta da jamaica, e foi premiada com medalha de ouro na competição San Francisco World Spirits Competition.
6. WH 48
Depois de dois anos trabalhando na idealização da bebida, a destilaria H. Weber, de Ivoti, município do Rio Grande do Sul, combinou três ingredientes cultivados pela família, sendo eles erva-mate, gengibre do Lote 48 e folha de cana fresca, para criar um gin inovador.
A mistura resultou em uma opção de amargor leve e uma agradável picância resultante do gengibre. Quanto ao aroma refrescante, as responsáveis por ele são as folhas de cana-de-açúcar.
O toque final fica por conta da Amburana, uma árvore brasileira que dá um toque mais adocicado e frutado à finalização do destilado, já que é a partir dela que são fabricados os barris em que o WH 48 é armazenado.
7. YVY
Com uma pegada extremamente jovem, o YVY não é apenas mais um rótulo de gin nacional, mas uma homenagem aos povos que chegaram pelo mar e fincaram aqui, ao encontrar a terra, ingredientes, receitas e costumes, resultando em um ar único.
Atualmente, o destaque da marca são os Gins Trilogia YVY (Gin YVY Ar, Gin YVY Mar e Gin YVY Terra).
Gin YVY Ar
Para quem prefere um destilado frutado, cítrico e doce, a opção YVY Ar tem na composição açaí, flor de Jasmin, pitanga, framboesa, guaraná, limão siciliano, moranguinho silvestre e flor de hibisco. A mistura resulta em um líquido levemente rosado.
Gin YVY Mar
A partir do zimbro, a opção é mais cítrica e de baixo dulçor. Conta com especiarias como canela, cardamomo e noz-moscada, além de limão-siciliano e laranja. Ao lado da alga de kombu, responsável por conferir corpo e viscosidade à opção, a amêndoa também marca presença.
Gin YVY Terra
Já o rótulo que exalta a terra traz ingredientes como cacau, baunilha do cerrado e pinhão. Ao misturar a complexidade da erva-mate, da pimenta-de-macaco e do processo de torração do zimbro, como se ele fosse café, o resultado é um gin de leve picância, refrescante e com um amargor repleto de personalidade. Há ainda a presença do caju, do pacová, do puxuri e do maracujá-do-mato.
8. Zuur
A última sugestão de melhores gins nacionais vem diretamente da terra do pão de queijo, Minas Gerais: o gin Zuur. Ele conta com o chamado limão capeta (também conhecido como limão cravo, limão rosa ou galego) entre os botânicos que o compõem.
A fruta possui sabor bem marcante e é bastante presente no Estado. Inclusive, a palavra que dá nome à bebida significa “azedo” em holandês.
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Produzido especificamente na cidade de Caeté, na região de Belo Horizonte, a ideia foi inovar e mostrar que, sim, o gin pode ser tão bem apreciado como a cachaça.
Ele possui três prêmios: Medalha de Prata no Highest Scorer in South America The Gin Guide de 2019; Medalha de Prata no Concurso Mondial de Bruxelas de 2019; e Troféu de Ouro no Prêmio ABRE de Embalagem na categoria Design Gráfico – Bebidas Alcoólicas.
Muito mais do que um simples destilado, o gin é uma bebida que proporciona aromas e sabores exclusivos, ambos resultantes de cada especiaria utilizada na produção juntamente com um elemento atemporal e indispensável em qualquer rótulo: o zimbro.
E para demonstrar que, sim, o brasileiro também entende de gin, só apreciando — ou melhor, vivenciando! — algumas das sugestões acima.
O fato é que os gins nacionais estão conseguindo provar claramente o potencial que eles possuem e deixando para trás a ideia de que apenas o que é importado tem qualidade.
Em restaurantes, por exemplo, está cada vez mais comum encontrar rótulos produzidos por aqui ao lado de grandes referências internacionais, como Tanqueray, Beefeater e Bombay Sapphire.
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Atualizado em 2024-11-24 / Links afiliados (Affiliate links) / Imagens de Amazon Product Advertising API