Se você gosta de boas referências, sejam elas literárias, filosóficas ou musicais, além de boas risadas atadas a reflexões sobre a existência e as relações humanas, listamos alguns dos melhores filmes do cineasta Woody Allen para você assistir.
Continue a leitura para conferir cada uma das nossas indicações, mas antes, conheça um pouquinho sobre a história de Woody Allen.
Quem é Woody Allen?
Judeu, Woody Allen nasceu Allan Stewart Konigsberg, mas ficou conhecido pelo nome artístico que, desde o lançamento do primeiro filme, O Que Que Há, Gatinha? (1965), tornou-o popular não só no universo do cinema, onde escreve roteiros, atua e dirige, mas também no da literatura e da música.
No total, Woody Allen possui 56 obras, além de 13 livros lançados, entre eles a recente autobiografía, A Propósito de Nada (2020), que chega em 2020 ao Brasil pela editora Globo Livros.
Foi nas colunas de jornais e nos programas de rádio que a carreira de Allen começou. Contudo, em torno de 1964, ele tinha se tornado um respeitável comediante – característica que influencia até hoje o cinema do diretor.
Doze anos depois de adentrar à sétima arte, foi Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1977) que o consagrou: foram três Oscars para Woody Allen (melhor filme, roteiro e direção), e um para Diane Keaton (melhor atriz), que interpretou a personagem principal do longa.
Apaixonado por Jazz, Allen é fã dos cineastas Ingmar Bergman e Federico Fellini, do músico Cole Porter e dos escritores russos Fiódor Dostoiévski e Anton Chekhov.
Nas listas de cinco livros preferidos, um brasileiro: Memórias Póstumas de Brás Cubas, escrito por Machado de Assis e lançado em 1881.
Atualmente, Woody Allen reside em Nova York, onde são filmadas a maioria das suas obras, e leva uma vida reservada, na qual prefere tocar clarinete aos finais de semana em algum pub da cidade a participar de cerimônias da indústria cinematográfica.
Por que assistir Woody Allen?
Os motivos para assistir Woody Allen são vários e nós já te contamos o principal deles no início deste texto: boas referências.
Das piadas sarcásticas aos livros, dos filmes citados aos lugares em que as obras do diretor são gravadas, seja em Manhattan, Roma ou Paris, tudo na obra de Allen é milimetricamente pensado e um reflexo das predileções dele mesmo.
Outra marca muito grande na filmografia de Woody Allen são as constantes reflexões sobre a morte, um dos tormentos do cineasta, e sobre o amor romântico.
Outro excelente motivo é a periodicidade dos lançamentos, pois mesmo com fases boas e ruins, o diretor mantém uma média de um filme a cada dois ou três anos, no máximo. Se você se apaixonar, não vai sofrer esperando uma eternidade por um filme novo!
Além disso, o nova-iorquino também tem o costume de trabalhar com grandes nomes do cinema, tendo dividido tela ou dirigido Carrie Fisher, Michael Caine, Diane Keaton, Meryl Streep, Leonardo DiCaprio, Julia Roberts, Mira Sorvino, Helena Bonham Carter, Natalie Portman, Dianne Wiest, Scarlett Johansson, Penélope Cruz e Cate Blanchett.
Melhores filmes do Woody Allen
Agora que você já conhece parte da história do cineasta, além dos motivos pelos quais vale a pena conhecer a obra dele, chegou a hora de conferir quais são os melhores filmes de Woody Allen.
Clubismos à parte, a lista foi organizada por ordem de data de lançamento. Divirta-se!
1. Bananas (Bananas, 1971)
A nossa primeira dica é uma comédia não só dirigida, mas também estrelada por Woody Allen.
Em Bananas, você vai poder conferir uma piada atrás da outra, além de improvisos extremamente nonsense, mas com o objetivo de abordar um tema extremamente relevante: política.
Na trama, o personagem Fielding Mellish, interpretado por Woody Allen, trabalha em uma corporação testando os produtos fabricados pela empresa e, após ser abandonado pela namorada ativista, decide ir para um pequeno país da América do Sul chamado San Marcos com o objetivo de fazer algo significativo na vida.
Chegando em San Marcos, ele decide entrar para uma guerrilha com o objetivo de devolver a democracia ao país, que sofreu um golpe militar, mas acaba sendo sequestrado pelos rebeldes.
Onde essa história vai parar, só assistindo para saber, mas os risos são garantidos.
2. Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1977)
Sem dúvidas, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa é um dos filmes mais notórios da carreira de Woody Allen e, consequentemente, de Diane Keaton.
O filme que venceu 4 Oscars (Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz e Melhor Roteiro Original), conta a história de Alvy Singe, um humorista judeu, que conhece uma mulher, Annie Hall, durante as partidas de tênis.
Logo no início do namoro, eles decidem morar juntos, mas nem tudo sai como o planejado, as crises conjugais logo surgem e não demora muito para ambos começarem as sessões de terapia.
Com um roteiro excelente e envolvente, além de quebras na quarta parede (quando o ator conversa com o telespectador), esse romance é uma excelente reflexão, sem deixar a comédia de lado, é claro, sobre o amor e as dificuldades que podem existir em uma relação.
3. Manhattan (Manhattan, 1979)
Ao lado de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, Manhattan é outro filme dirigido e estrelado por Woody Allen indispensável, podendo ser considerado um clássico entre os filmes cult.
Lançado no Festival de Cannes, durante os 96 minutos de duração podemos acompanhar a paixão de um escritor de meia-idade divorciado por uma jovem mulher.
Apesar do sentimento ser recíproco, ele acaba se atraindo por outra mulher, a amante do melhor amigo.
A obra ainda é uma excelente oportunidade para ver a atriz Meryl Streep atuando no início da carreira, no auge dos seus 20 anos.
4. Hannah e Suas Irmãs (Hannah and Her Sisters, 1986)
O melhor do drama, da comédia e do romance que só os roteiros de Woody Allen possuem estão centralizados em Hannah e Suas Irmãs, cujas vidas são contadas a partir de um simples jantar de Ação de Graças.
Em um dos filmes mais premiados de Woody Allen, Hannah é uma famosa atriz, a filha perfeita e exemplar, casada com um intelectual; Lee é uma velha pintora, já casada também; e Holly sonha em ser uma grande escritora.
O problema é que existe entre eles uma verdadeira Quadrilha, no melhor estilo Drummondiano, pois Hannah é casada com Elliot, que está de olho em Lee, mas que deseja Frederick.
Infortunados nos próprios desejos e inquietações que atormentam a mente de cada um deles – Woody nos permite acessar os pensamentos dos personagens –, eles entram em dilemas morais e buscam uma resposta para aquilo que sentem.
O destaque fica para a atuação de Dianne Wiest, que levou o Oscar de melhor atriz coadjuvante, e para Michael Caine, que ganhou a estatueta por melhor ator coadjuvante.
5. Setembro (September, 1987)
Baseado na peça Tio Vânia, do russo Anton Tchekhov, no formato de cine-peça (o longa é dividido em 4 atos), Setembro narra a história de Lana. Solitária, ela é uma mulher cuja moral está arruinada após envolver-se no homicídio do amante da própria mãe.
Atordoada, ela decide ir passar alguns dias na casa de campo da família. Lá, em um jantar com parentes e amigos, a energia acaba e revelações começam a ser feitas.
As filmagens de Setembro chegaram a ser realizadas duas vezes. Na primeira, Allen decidiu reescrever o roteiro, mudar o elenco e, então, dar play nas gravações novamente, que resultaram no filme de 1987.
6. Scoop – O Grande Furo (Scoop, 2006)
O 2º filme de Woody Allen estrelado por Scarlett Johansson é uma comédia romântica. Nele, podemos acompanhar a personagem Sondra Pransky, uma estudante de jornalismo a passeio em Londres, visitando alguns amigos.
Depois de ir a um show de mágica de Sidney Waterman, interpretado por Woody Allen, ele a chama ao palco para o clássico truque da desmaterialização.
Enquanto Sondra está na caixa, ela recebe uma visita inesperada: o espírito do repórter Joe Strombel, que lhe dá um grande furo: a origem de um serial killer procurado pela polícia, Peter Lyman, um aristocrata inglês.
Ela compartilha o acontecimento com Sidney e os dois partem em busca de provas contra o assassino. Contudo, Sondra acaba se apaixonando pelo possível criminoso.
7. Blue Jasmine (Blue Jasmine, 2013)
De repente, a socialite quarentona Jasmine, interpretada pela atriz Cate Blanchett, se vê obrigada a retornar para a casa da irmã em São Francisco e conviver com a pobreza, depois de perder toda a fortuna que possuía.
Com foco no drama, a personagem está deprimida e neurótica, pois sente falta da vida luxuosa que levava. Com o objetivo de recomeçar, Jasmine parte em busca de si mesma.
Indicado a mais de 14 prêmios em festivais como Oscar, Globo de Ouro, BAFTA e Satellite Awards, o longa foi vencedor de cinco: todos eles para Cate Blanchett como melhor atriz, cuja atuação é um dos motivos principais para você não perder Blue Jasmine!
8. Magic in The Moonlight (Magic in The Moonlight, 2014)
Gravado em Nice, França, Magic in The Moonlight mostra um mágico de teatro insensível e com talento para desmascarar charlatões, Stanley, sendo contratado para derrubar a possível farsa de Sophie, interpretada por uma das mais novas musas de Woody Allen: Emma Stone.
Na trama, a garota alega ser médium e esbanja simpatia. Contudo, o que era para ser um negócio extremamente profissional, acaba mexendo com o coração de Stanley.
9. Meia-Noite em Paris (Midnight in Paris, 2011)
Quando foi lançado em 2011, Meia-Noite em Paris foi uma surpresa para todo o público. Na sinopse divulgada havia poucos detalhes sobre o filme que se tornaria um dos mais queridos da filmografia de Woody Allen pós anos 2000.
Entre muitas referências artísticas, blues e jazz, Gil Pender é um jovem escritor que sonha em ser reconhecido pelo seu trabalho e parte para Paris em uma suposta viagem de férias com a noiva, mas está, na verdade, em busca de inspiração.
Durante a viagem, o tédio o consome e ele passa a fazer solitários passeios noturnos pela cidade luz.
Ao badalar da meia-noite, Gil é magicamente transportado para a Paris dos anos 1920 e conhece intelectuais do período, como Salvador Dalí, Ernest Hemingway e Gertrude Stein, criando no personagem um dilema entre qual o melhor período para se viver, o passado ou o agora.
10. Para Roma com Amor (To Rome with Love, 2012)
Roma não está no título da nossa 10ª indicação por acaso. Gravado na cidade italiana, mas sem um olhar turístico, diferentemente de Meia-Noite em Paris, Para Roma com Amor trabalha quatro histórias distintas que jamais se encontram.
Nos casos, podemos acompanhar situações que envolvem assuntos como indecisões amorosas, viver de aparências, futilidade da mídia, anonimidade e fama.
Se você quer algo leve para assistir em um domingo em família, esse é o filme perfeito.
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